Na década digital, a computação de alto desempenho (HPC) está no centro dos grandes avanços e da inovação e constitui um recurso estratégico para o futuro da Europa.
No mundo de hoje, cada vez mais dados são constantemente gerados, desde 79 zettabytes a nível mundial em 2021 até 181 zettabytes esperados em 2025 (1 zettabyte é igual a 1 bilião de gigabytes). Como resultado, a natureza da computação está a mudar, com um número crescente de aplicações críticas intensivas em dados.
A HPC é fundamental para processar e analisar este volume crescente de dados e para tirar o máximo partido dos mesmos em benefício dos cidadãos, das empresas, dos investigadores e das administrações públicas.
HPC pode ser usado em um grande número de áreas de aplicação: desde a monitorização e atenuação dos efeitos das alterações climáticas e a produção de veículos mais seguros e ecológicos até ao aumento da cibersegurança e ao avanço das fronteiras do conhecimento em quase todos os domínios científicos.
Está também a começar a desempenhar um papel fundamental na medicina: O HPC pode ser usado no projeto da droga, desde testar moléculas candidatas a reposicionar drogas existentes para novas doenças. E pode ajudar-nos a compreender as origens e a evolução das epidemias e doenças. Os supercomputadores estão ativamente envolvidos na procura de tratamentos para a COVID-19.
Além disso, a HPC revelou-se de grande importância no desenvolvimento de novas aplicações e produtos. Tem um impacto direto na cadeia de abastecimento digital, como a conceção de novos materiais, automóveis e aviões, e a bioengenharia e fabrico.
Atualmente, os supercomputadores de classe mundial são capazes de executar mais de 10¹-pelo menos um milhão de milhões de operações por segundo (desempenho à petascale). Alguns sistemas top-of-the-range excedem, pelo menos, cem milhões de milhões de operações por segundo (desempenho pré-exaescala). A próxima geração (exaescala) realizará mais de mil milhões de milhões de operações por segundo, um nível de potência computacional comparável à agregação das capacidades informáticas dos telemóveis de toda a população da UE. Prevê-se que o primeiro supercomputador à exaescala da Europa, JUPITER, esteja operacional em 2023.
No âmbito da década digital, a HPC é fundamental para a prosperidade, a transformação digital e a resiliência futuras da Europa. Com um financiamento de 7 mil milhões de EUR ao abrigo do Horizonte Europa, do Programa Europa Digital e do Mecanismo Interligar a Europa, a Comissão reforçará os investimentos em supercomputação.
Visa desenvolver capacidades de supercomputação e processamento de dados através da compra de supercomputadores à exaescala de craveira mundial, de instalações pós-exaescala e do apoio a uma ambiciosa agenda de investigação e inovação em matéria de HPC.
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O investimento da UE em tecnologias de computação e computação de alto desempenho permitirá à Europa liderar a supercomputação na Década Digital.
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A Empresa Comum Europeia para a Computação de Alto Desempenho é uma iniciativa conjunta entre a UE, os países europeus e os parceiros privados para desenvolver um ecossistema de supercomputação de craveira mundial na Europa.
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