Os decisores políticos nacionais e regionais são chamados a planear o investimento a fim de apoiar os principais objetivos da política de desenvolvimento regional ou rural. Por conseguinte, um plano de banda larga deve ser apoiado politicamente e em consonância com os objetivos da política regional.
O planeamento da banda larga inclui considerações sobre o crescimento económico sustentável em vários setores (por exemplo, saúde, educação e administração), serviços de acesso equitativo, impulso inovador e benefícios dos serviços digitais para os cidadãos. Além disso, a conectividade de alta velocidade tem impacto noutras agendas políticas, por exemplo, cidades inteligentes, telemedicina, educação e redes energéticas inteligentes. Para a compilação do seu plano de banda larga, você precisa considerar:
- os objetivos de desenvolvimento socioeconómico regional nas próximas duas décadas;
- o contributo esperado da banda larga de alta velocidade para alcançar estes objetivos;
- a procura de serviços digitais com base na conectividade de alta velocidade;
- os problemas a ultrapassar para facilitar a utilização da banda larga;
- os benefícios da banda larga para os residentes locais e para a sociedade em geral.
Apoio à elaboração do plano de banda larga — agregação e federação com outros municípios e regiões
O desenvolvimento da banda larga exige conhecimentos técnicos e jurídicos pormenorizados, que só podem ser realizados com grande esforço em cada município e região. Por conseguinte, é fundamental concentrar interesses únicos e superar estruturas de pequena escala. A colaboração com vizinhos das fronteiras municipais, distritais, distritais e nacionais no planeamento e implantação da banda larga tem, por conseguinte, benefícios decisivos:
- realização de economias de escala;
- o poder contratual é ganho enquanto você fala a uma só voz como um único ponto de contato;
- as infraestruturas integradas facilitam a locação de fibras (podem ser oferecidas ligações contínuas longas em vez de troços curtos sem ligação), aumentando assim o potencial de receitas;
- será alcançada uma Internet de alta qualidade a preços acessíveis;
- partilha de conhecimentos nos domínios da tecnologia e das condições jurídicas;
- utilização de sinergias em matéria de planeamento, financiamento, implantação, locação financeira e exploração da rede;
- o uso mútuo do suporte de consultoria de especialistas imparciais contribui para o sucesso de projetos em larga escala.
Identificação das necessidades de investimento
O seu plano de banda larga deve incluir uma análise do mercado e da infraestrutura da situação da banda larga na sua região, a fim de identificar as áreas de intervenção e determinar os custos prováveis. Entre as principais questões a abordar contam-se:
- a análise das características socioeconómicas e demográficas do território;
- serviços públicos a prestar (exclusivamente) em linha nos próximos 5 a 15 anos;
- a atual cobertura, qualidade e preço do acesso à banda larga;
- obtenção de cobertura de banda larga NGN na região, caso não seja feita qualquer intervenção;
- concorrência pelos serviços de banda larga na região;
- a combinação de infraestruturas públicas e outras infraestruturas de utilidade pública;
- especificidades topográficas que aumentem os custos ou determinem tecnologias, tais como sítios de proteção natural ou zonas altamente sensíveis no centro da cidade;
- o papel das comunidades locais e das iniciativas da base para o topo na contribuição para o investimento.
Definição dos objetivos
O plano de banda larga deve definir objetivos concretos para a cobertura da banda larga e a consecução de uma qualidade de vida mais elevada na região, por exemplo:
- percentagem da população/famílias com acesso à banda larga de alta velocidade em 2025 e 2030;
- qualidade da infraestrutura necessária nos próximos 5 a 15 anos;
- modernização da nova infraestrutura nos próximos 10 a 20 anos.
Identificar as partes interessadas e estabelecer a colaboração
Um plano de banda larga que crie as condições e incentivos adequados para uma série de partes interessadas relevantes participar no projeto será capaz de alavancar melhor os recursos, as competências e os ativos presentes na região e, em última análise, terá maiores hipóteses de ser bem sucedido.
As partes interessadas relevantes são:
- parceiros financeiros e institucionais;
- operadores de rede e fornecedores de serviços (interessados na venda de serviços através da rede);
- associações de cidadãos, empresas locais, empresas de habitação;
- outras empresas proprietárias de infraestruturas (especialmente ligações de fibra ou de última milha ao utilizador final);
- outras empresas de telecomunicações dispostas a arrendar fibra escura, por exemplo, operadores 4G/5G/6G;
- operadores de televisão por cabo, prestadores de serviços e qualquer outro operador que necessite de retrocesso;
- empresas não telemáticas que pretendam arrendar fibras escuras para as suas próprias necessidades;
- as partes interessadas que proporcionam benefícios sociais através de serviços de TIC sociais avançados e demonstram também os maiores clientes potenciais da nova rede de banda larga (por exemplo, hospitais, escolas, empresas de habitação social e idosas, polícia, segurança, militares, serviços de emergência, etc.);
- partes interessadas com acesso direto aos utilizadores finais privados (por exemplo, propriedade ou associações);
- partes interessadas institucionais para a regulamentação e o apoio (por exemplo, funcionários administrativos, municípios, governos nacionais e da UE, reguladores nacionais das telecomunicações, reguladores da UE e organismos de subvenções).
Tendo em conta o quadro socioeconómico global, a dotação para a banda larga e o contexto político da sua região, é necessário fazer quatro opções estratégicas fundamentais sobre: infraestrutura e tecnologia, modelo de investimento, modelo de negócio e financiamento. O último passo seria elaborar um plano de ação concreto.
Para mais pormenores e exemplos, consulte o Guia de Investimento em Banda Larga.
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Visão geral
A secção de planeamento da banda larga ajuda os municípios e outras entidades a planear projetos de desenvolvimento de banda larga bem sucedidos.
Ver também
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